Trabalho remoto chegou para ficar, mas não é para todos

A pandemia mostrou que inúmeras atividades profissionais podem ser exercidas sem que os resultados sejam prejudicados.

NEGÓCIOS

Thais Abrahão – Presstalk Comunicação

10/31/20232 min read

A pandemia mostrou que inúmeras atividades profissionais podem ser exercidas sem que os resultados sejam prejudicados. Em alguns casos, pelo contrário, a produtividade aumentou, ao proporcionar maior equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Por isso, empresas de variados portes e segmentos passaram a avaliar, contratar e reter talentos para investir no formato híbrido, com a presença física no escritório apenas em uma parte do tempo.

Inicialmente vale destacar que apenas em 2017 a legislação brasileira se posicionou em relação ao trabalho não presencial, trazendo a nomenclatura “Teletrabalho” para dentro das Convenções Coletivas de Trabalho, definindo-a como a possibilidade de realizar as atividades profissionais fora da empresa, de maneira parcial ou integral.

Hoje estima-se que 7 milhões de pessoas atuem no formato remoto no Brasil, seja durante algumas horas, dias ou mesmo integralmente, número que deve aumentar gradativamente no pós-pandemia. Para ser bom para ambas as partes, o trabalho a distância precisa estar alinhado com as diferentes áreas da organização – recursos humanos, tributária e jurídica, dentre outras.

Estudo recente realizado pela consultoria KPMG, intitulado “Insights on current trends in remote working (Insights sobre as tendências atuais do trabalho remoto, em português), realizada com mais de 530 empresas de 46 países e 20 setores de atuação, indica que 89% das respondentes têm no horizonte uma política relativa ao tema.

A maturidade na adoção do trabalho remoto predomina no setor de telecomunicações e tecnologia (64%). Em segundo lugar (60% de implementação concretizada), despontam as empresas de alimentos, bebidas, varejo e consumo.

Os entrevistados ressaltaram que algumas operações não podem ser feitas a distância. Por isso, essas empresas têm o trabalho remoto como tendência consolidada para grupos específicos de profissionais.

Ainda que essa modalidade de trabalho não seja para a maioria, o Brasil é o 5º melhor país da América do Sul em trabalho remoto, ficando atrás de Uruguai, Chile, Argentina e Peru, de acordo com uma nova pesquisa pela companhia de cibersegurança NordLayer. Sua classificação caiu 10 posições em comparação com 2022.

No ano passado, a companhia criou o Índice Global do Trabalho Remoto (GRWI), que revela os melhores e piores países para se trabalhar remotamente em relação a quatro critérios distintos: segurança cibernética, segurança econômica, infraestrutura digital e física, e segurança social.

Neste ano, a NordLayer avaliou 108 países, em comparação com 66 no ano passado. Aqui estão os 10 principais países que apresentam as melhores condições para o trabalho remoto, de acordo com os dados deste ano:

  1. Dinamarca

  2. Países Baixos

  3. Alemanha

  4. Espanha

  5. Suécia

  6. Portugal

  7. Estônia

  8. Lituânia

  9. Irlanda

  10. Eslováquia



    ABRAHÃO, Thais. Trabalho remoto chegou para ficar, mas não é para todos. Sincovaga, 2023. Disponível em: https://sincovaga.com.br/trabalho-remoto-chegou-para-ficar-mas-nao-e-para-todos/